Pharoah Sanders

Me sinto até envergonhado de não ter ouvido a música de Ferrell “Pharoah” Sanders com a devida atenção, isso quando descobri alguns de seus seus trabalhos há uns 4 anos atrás. Mas hoje que estou conferindo melhor os seus trabalhos, resolvi escrever um pouco sobre ele, espero que não saia tão ruim como as minhas terríveis resenhas e afins. Agraciado por Ornette Coleman por ser “provavelmente o melhor saxofonista tenor do mundo”, Sanders começou a carreira com Sun Ra, de quem ele recebeu seu apelido. Ele começou entrar em destaque após tocar com John Coltrane em um de seus álbuns mais insanos, o Ascension (1965), o que por conseguinte lhe garantiu um lugar no quinteto de Trane, antes de seguir para a sua carreira solo que não foi nada menos do que sensacional, servindo de influência para os mais diversos músicos, tanto dentro do Jazz como até bandas revolucionárias do Rock (Punk?), Stooges, MC5 e Gun Club.

Sua arte é dinâmica e abrangente, livre de rótulos ou classificações fáceis, e NÃO, ELE NÃO ERA SÓ MAIS UM CARA QUE PEGAVA O SAX E FICAVA FAZENDO FIRULAS. Sanders foi um dos pioneiros na fusão do Jazz com outros elementos não tão conhecidos pelo Ocidente, tanto pelo uso de percussões que até então eram desconhecidas no meio Jazzístico como pela estrutura em que suas composições/improvisações se desenvolviam, assemelhando-se aos ragas Indianos. Junto com ele tocaram Sonny Sharrock, Ron Carter, Dave Burrell, Henry Grimes, Stanley Clarke, Leon Thomas entre outras figuras proeminentes do Jazz/Free-Jazz/Fusion. Eu diria até que ele foi um dos patriarcas da Psicodelia, pelas diversas atmosferas, contrastes e cores que ele teceu em seus álbuns, sem falar que a sua carreira começou nos mid-60's, justamente quando diversas bandas do gênero estavam começando a aparecer. Enfim, já não tenho muito mais o que dizer, a não ser: Ouçam Pharoah, vale a pena.


Recomendado para fãs de: King Crimson, Albert Ayler, Psych Rock, Don Cherry, Sun Ra, Krautrock



Uma pequena lista de álbuns que eu creio que são indispensáveis dentro da discografia do cara:



Tauhid
(1967)
http://intotherhyth.blogspot.com/2010/12/pharoah-sanders-tauhid.html

Karma
(1969)
http://shhhpeaceful.blogspot.com/2010/03/pharoah-sanders-karma-1969-320.html

Black
Unity (1972)
http://bestkindoflove.wordpress.com/2010/04/10/da-kreator-has-a-masta-plan/

Elevation
(1973) http://ceolte.org/view/143069/

Izipho
Zam (1973)
http://freedom-records.blogspot.com/2012/03/pharoah-sanders-izipho-zam-strata-east.html

Resenha muitdo FODA! Parabéns mano! Ouso dizer que ele teria feito a cabeça dos caras do Soft Machine mais do que os acidos que eles tomavam.

Também foi uma grata surpresa descobrir a carreira solo dele há um tempo atrás com o Karma, que era um álbum que ainda não tinha dado a devida atenção. Essa espécie de spiritual jazz me comove muito, seja na busca pela transcendência, pelo desespero e pelo mistério que envolvem, tanto nos álbuns do velho Trane como, por exemplo, num Black Woman ou, se formos voltar, para os primórdios do blues, e não mais falando de jazz, um Dark Was The Night, a melhor composição do blues, na minha singela opinião.

horse escreveu:

Resenha muitdo FODA! Parabéns mano! Ouso dizer que ele teria feito a cabeça dos caras do Soft Machine mais do que os acidos que eles tomavam.

Excelente tópico mermu!


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Gostaria de também de destacar o maremoto de fúria que são as participações de Mastáh Sanders nos álbuns ao vivo da fase final de Trane:

o importante prum faroá é permanecer de pé entre as sanders

Pô, Coroné, essa não funfou.

Valeu pelos comments pessoal, vale também mencionar a participação do Sanders no lendário Ask The Ages do Sharrock:

horse escreveu:

Resenha muitdo FODA! Parabéns mano! Ouso dizer que ele teria feito a cabeça dos caras do Soft Machine mais do que os acidos que eles tomavam.

Com certeza, é sensacional ver como o Jazz sempre esteve por trás de grandes revoluções dentro do Rock, direta ou indiretamente. Você consegue traçar influências que vão da Psicodelia ao No Wave. O triste é ver que muitos artistas não tem um décimo do reconhecimento que merecem, mas o Avant-Garde é isso aí.

Em tempo, a lista de álbuns favoritos do Ron Asheton, quando entrevistado pela Perfect Sound Forever:

Pharoah Sanders Upper Egypt
John Coltrane Cosmic Music
Jimi Hendrix Are You Experienced?
Rolling Stones Aftermath
The Doors The Doors

"New records? Don't listen to 'em. Don't really care. I just don't care about all the new female singers. I don't wanna know what you ate for breakfast and that you got up. FUCK YOU! The only way I could watch MTV was when Beavis and Butthead was on, when they ripped everything apart."

troo mess é a participaçón dele no sanders & júnior

Kollaps escreveu:

Tauhid
(1967)
http://intotherhyth.blogspot.com/2010/12/pharoah-sanders-tauhid.html

Karma
(1969)
http://shhhpeaceful.blogspot.com/2010/03/pharoah-sanders-karma-1969-320.html

Black
Unity (1972)
http://bestkindoflove.wordpress.com/2010/04/10/da-kreator-has-a-masta-plan/

Elevation
(1973) http://ceolte.org/view/143069/

Izipho
Zam (1973)
http://freedom-records.blogspot.com/2012/03/pharoah-sanders-izipho-zam-strata-east.html

FELONMENÁV. A lista por mastá gustavoid relaciona o que de melhor Mr. Sanders produziu as himself, faltando mencionar Summun, Bukmun, Umyun (Dumb, Deaf, Blind), árbum de 1970, e quem quiser explorar as nuances solísticas de Sanders em formato de cosmic landscapes, vale uma checada no Wisdom Through Music, de 72.

Coroné escreveu:

troo mess é a participaçón dele no sanders & júnior

Keep On Trying

Kollaps escreveu:

horse escreveu:

Resenha muitdo FODA! Parabéns mano! Ouso dizer que ele teria feito a cabeça dos caras do Soft Machine mais do que os acidos que eles tomavam.

Com certeza, é sensacional ver como o Jazz sempre esteve por trás de grandes revoluções dentro do Rock, direta ou indiretamente. Você consegue traçar influências que vão da Psicodelia ao No Wave. O triste é ver que muitos artistas não tem um décimo do reconhecimento que merecem, mas o Avant-Garde é isso aí.

Em tempo, a lista de álbuns favoritos do Ron Asheton, quando entrevistado pela Perfect Sound Forever:

Pharoah Sanders Upper Egypt
John Coltrane Cosmic Music
Jimi Hendrix Are You Experienced?
Rolling Stones Aftermath
The Doors The Doors

"New records? Don't listen to 'em. Don't really care. I just don't care about all the new female singers. I don't wanna know what you ate for breakfast and that you got up. FUCK YOU! The only way I could watch MTV was when Beavis and Butthead was on, when they ripped everything apart."

Ele citar "Rolling Stones Aftermath" e "The Doors The Doors" já achei nadavê. Não desmerecendo esses discos, (que são fraquinhos mesmos), mas ficou parecendo que o cara quiz fazer média com a rapaziada fã dessa turma.

Não sou grande fã dessas bandas, mas pra mim só o fato de ele ter citado Coltrane e Sanders já valeu

Coroné escreveu:

troo mess é a participaçón dele no sanders & júnior

mais tr00 que o neto dele o adam sandlers