Oscar Niemeyer (1907 - 2012)

Oscar Niemeyer, expoente internacional da arquitetura moderna, morre aos 104

O arquiteto Oscar Niemeyer, ícone da arquitetura moderna e um dos brasileiros mais reconhecidos no mundo, morreu nesta quarta-feira (5), aos 104 anos. Ele estava internado há 33 dias no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, por causa de uma infecção urinária. Ele também teve uma infecção respiratória e respirava com a ajuda de aparelhos.

Niemeyer foi um dos principais expoentes da arquitetura moderna e projetou o Brasil internacionalmente. O carioca ganhou reconhecimento a partir da exploração das possibilidades plásticas e construtivas do concreto armado, produzindo obras grandiosas e inventivas, marcadas pelo abuso de curvas em detrimento das linhas e ângulos retos.

Suas obras --prédios públicos e privados, monumentos, esculturas e igrejas-- marcam a paisagem das principais cidades brasileiras e espalham-se por vários países do mundo, como Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha, Itália, Argélia, Israel e Cuba, entre outros.

Niemeyer projetou grande parte das obras de Brasília, entre elas a praça dos Três Poderes, os prédios do Congresso Nacional, do STF (Supremo Tribunal Federal) e o Palácio do Planalto.

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http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/12/05/oscar-niemeyer-expoente-internacional-da-arquitetura-moderna-morre-aos-104.htm

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Perdemos um dos maiores brasileiros de todos os tempos, um gênio, um mito.

E que VÁ TOMAR NO MEIO DO CU qualquer idiota que tencione julgar a figura de Oscar Niemeyer em virtude de suas idéias políticas.

R.I.P., GÊNIO.


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Em determinadas profissões, para um sujeito se destacar dos demais e superar qualquer ambição, tem que ser muito fora de série. Ai você pensa, para um arquiteto cunhar seu nome na história então... Não que admire cegamente, mas tem que tirar o chapéu.
Esse soube como poucos unir um ofício que em teoria não teria nada haver com Arte, com a geometria da arte pós-moderna/contemporânea. Não comparando, mas vendo na TV este senhor desenhando certa vez, lembrei instantaneamente do Picasso, circulando tudo com extrema naturalidade dos eleitos R.I.P.

Não vou ser hipócrita:

Esteticamente, a obra de Niemeyer não me agrada. Fui criado em Brasília e lembro bem da Catedral, por exemplo. Por fora, uma medonha coroa de abacaxi feita em concreto. Por dentro, com a luz incidindo nos vitrais, ficava belíssima. Mas em si mesma, não tinha qualquer beleza notável.

Peidou pra musenga!

O Niemeyer tem o seu valor, mas não dentro da arquitetura. Simples. O sujeito podia ser admirado internacionalmente por conta do idealismo do seu trabalho, e toda aquela coisa do modernista que quer "projetar novos espaços para o novo homem", de pensar formas geométrica inusitadas, de trabalhar o lado social e humano nos projetos; mas TODA a sua obra carrega, incondicionalmente, esse rastro de críticas quanto ao projeto arquitetônico em si. Saiu uma matéria exatamente sobre isso há um ou dois meses naquela revista Alfa, mas, lógico, qualquer crítica ao oficialismo da esquerda cultural é "birrinha", "pachequismo", e coisas do tipo...

Que o cara vinha se repetindo há décadas, que não fazia UM trabalho de cunho verdadeiramente arquitetônico — que, no mínimo, seria esperar um projeto que atendesse as funções para o qual fosse projetado e suas demandas de uso ("a forma segue a função", princípio clássico do design e da arquitetura modernista) —, que o cara se limitava a ganhar licitações por causa do nome e cobrava valores exorbitantes em seus projetos, sendo que seu trabalho real era rabiscar uns croquis e repassá-los pra equipe de arquitetura se virar nos 30 pra implementar aquilo de qualquer jeito (nem que isso custasse a ergonomia do próprio projeto), isso tudo é fato.

Aliás, dá pra resumir tudo que o Niemeyer fez nesses dilemas: forma x função, estética x ergonomia, beleza x usabilidade, ou, como alguns leigos usualmente colocam, "arte" x arquitetura. O cara DIVIDIU, SEPAROU e ainda colocou em CONFLITO dois universos que, dentro da própria filosofia modernista, não só não são opostos como DEVERIAM EXISTIR EM HARMONIA. Isso não tem (quase) nada a ver com ele ser comunista, até porque, como pensador comunista, ele era um excelente rabiscador de guardanapos. Ele ser comunista e idolatrar o Stalin ("homem fantástico, um verdadeiro estadista") só denigre a imagem de ricaço dele.

Mas, num país que ainda não superou a maldita Semana de Arte Moderna de 1922, não me admira endeusarem um cara cujo estilo de sua obra não só possui defeitos gravíssimos, como também já é algo considerado como passado na história da arquitetura. Dá vontade de correr pro banheiro cada vez que vejo nego dizer que "Niemeyer é atualíssimo". "Atualíssimo" é o Guggenheim de Bilbao (que lançou a atual tendência mundial de construções que são obras de arte por si só, mas ainda possuem um consistente projeto arquitetônico), o Weisman de Minneapolis, o museu de Groninger, o museu de Denver, etc.

Coroné escreveu:

Não vou ser hipócrita:

Esteticamente, a obra de Niemeyer não me agrada. Fui criado em Brasília e lembro bem da Catedral, por exemplo. Por fora, uma medonha coroa de abacaxi feita em concreto. Por dentro, com a luz incidindo nos vitrais, ficava belíssima. Mas em si mesma, não tinha qualquer beleza notável.

+ 1, + 1.

Mas enfim:

Master, RIP

"É easy listening, é uma merda."