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 Jacques DeMolay e os Jacobinos

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Kamikaze
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Kamikaze



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MensagemAssunto: Jacques DeMolay e os Jacobinos   Jacques DeMolay e os Jacobinos Icon_minitimeSeg Jun 23, 2008 1:22 am

Postado hoje em minha comunidade sobre o excelso revolucionário francês Saint-Just:


Retirado
do site da Loja maçônica Guatimozin filiada a GLESP a informação de que
o nome do Partido Jacobino vem de Jacques DeMolay, desconhecia
completamente este fato:

"Na Revolução Francesa também aparece a
marca dos Templários. Discute-se que o nome dos Jacobinos deva-se a
Jacques de Molay (Jacobus Molay) e não, como é conhecido comumente,
homenagem ao pretendente Stuardo, ou a Igreja dos antigos religiosos
jacobitas, ou as idéias sustentadas por J. J.Rousseau. Os Jacobinos
denominaram sua Assembléia como Capítulos, usavam três iniciais
misteriosas J B M que se prestavam a inúmeras interpretações, sendo que
os seguidores dos Templários diziam que correspondiam as iniciais de
Jacobus Burgundus de Molay. Mais uma coincidência: a Assembléia tinha
designado o Palácio de Luxemburgo como residência da família real, mas
os jacobinos exigiram que o Rei ficasse prisioneiro no Templo, a
fortaleza dos antigos cavaleiros templários.

A lenda fala que um
homem de alta estatura e de longas barbas, perseguia e matava
religiosos durante a Revolução gritando :"Esta é pelos Templários". O
mesmo homem que subiu ao palanque da execução de Louis XVI e molhando
as mãos no sangue do monarca guilhotinado agitou-as sobre o povo
gritando: "Povo francês, eu te batizo em nome de Jacques e da
Liberdade"; segundo outros haveria gritado: "Jacques de Molay, estás
vingado"."

http://www.guatimozin.org.br/artigos/templar_part2.htm



__________


Muito interessante... a meu ver uma conexão das mais alvissareiras, indicando mais uma das sendas para a GRANDE SÍNTESE entre todas as tradições da revolta gnóstica contra a 'Realidade'.

Muito bem: penso ser possível constatar, através da leitura dos
escritos do insigne Saint-Just (tenho aqui em mente sobretudo algumas
passagens de L'Esprit de la Révolution et de la Constitution de la France
- 1791), e mormente do ático Robespierre (notadamente seus últimos
discursos à Convenção Nacional), a existência de numerosos pontos de
convergência entre a ideologia jacobina, por um lado, e a miríade de
tradições de índole milenarista e / ou gnóstica. Considerai, por
exemplo, os seguintes excertos de seu Rapport sur les idées religieuses et morales, proferido a 7 de maio de 1794 perante a Convenção:


"Sem constrangimentos, sem perseguições, todas as seitas devem confundir-se por si mesmas na Religião universal da Natureza"

"O
verdadeiro sacerdote do Ser Supremo é a Natureza; seu templo, o
Universo; seu culto, a virtude; suas festas, a alegria de um grande
povo, reunido sob seus olhos para reatar os doces nós da fraternidade
universal, e para lhe apresentar a homenagem dos corações sensíveis e
puros"

"Darás teu nome sagrado a uma de nossas mais belas
festas, ó tu, filha da Natureza! Mãe da felicidade e da glória! Tu,
única soberana legítima do mundo, destronada pelo crime; tua, a quem o
povo francês devolveu teu império, e que lhe dás em troca uma pátria e
bons costumes, augusta Liberdade! Partilharás nossos sacríficios com
tua companheira imortal, a doce e santa Igualdade. (...) Será um belo
dia aquele em que celebrarmos a festa do gênero humano; é o banquete
fraterno e sagrado da Razão
"



Reparai, senhores, a flagrante presença de diversos elementos de cunho
milenarista nas passagens acima citadas: a idéia panteísta d'uma
religião da natureza, em que se celebra a própria existência universal;
a consciência holística; a ênfase, tão cara, por exemplo, aos cátaros,
dulcinianos e outros movimentos gnósticos, na sacralidade da liberdade
humana, bem como na fraternidade universal encarnada na igualdade
perante o Ser Supremo; a própria noção do Ser Supremo, de sabor
inequivocamente demiúrgico; a exaltação d'um humanismo 'cósmico'.

No que concerne ao flamejante Archange de La Terreur,
por seu turno, é fascinante examinar sua apologética do terror
revolucionário como instrumento quase transcendente de regeneração
moral, passível não apenas de alquebrar o ânimo da súcia reaccionária,
mas também instruir o povo no rigor e firmeza necessários à
constituição de uma república igualitária; presenciamos, outrossim, na
reflexão de Saint-Just, o advento d'uma espécie de crueldade sagrada,
iluminada pelo albor sapiencial da justiça, compreendida como dever
inescapável do revolucionário, pois só o terror revolucionário sublima,
tempera, educa, exalta a ação transformativa das massas. Ora, tudo isto
inelutavelmente revebera Fra Dolcino, Thomas Münzer, Wycliff e outros
apóstolos da subversão messiânica da ordem estabelecida, em nome d'uma
nova comunidade fundada no amor e na fraternidade universais.
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