Thelonious Monk - Solo Monk (1965) - EUA

Álbum - Solo Monk
Artista - Thelonious Monk
Ano - 1965
Origem - Estados Unidos
Gênero - Jazz

Faixas:

1.Dinah - 2:27
2.I Surrender, Dear - 3:43
3.Sweet and Lovely - 2:58
4.North of the Sunset - 1:50
5.Ruby, My Dear - 5:35
6.I'm Confessin' That I Love You - 2:36
7.I Hadn't Anyone Till You - 3:17
8.Everything Happens to Me - 3:25
9.Monk's Point - 2:11
10.I Should Care - 1:56
11.Ask Me Now - 4:35
12.These Foolish Things - 3:32

Músico(s):

Thelonious Monk - Piano



Piano, uma invenção que desde o século XVII vem fazendo as vidas de muitas pessoas mais feliz. É realmente impressionante como mesmo após tantos anos e tantas inovações musicais o piano tenha se tornado cada vez mais forte, seja como uma ferramenta para compor ou um veículo de expressão artística. Eu aprendi a apreciar a sonoridade das teclas com Bill Evans, toda vez meu pai botava um bolachão dele pra tocar (coisa que ainda faz, por sinal). Desde então tenho sempre buscado novas sonoridades obtidas pelo instrumento, seja no meio erudito ou no Jazz, onde encontrei uma gama de músicos geniais, dentre os quais posso citar Bud Powell, Art Tatum, Bill Evans, Lennie Tristano, Jaki Byard, Cecil Taylor, Dave Brubeck, Andrew Hill, e tantos outros. Por essas e outras que o piano figura no meu top 3 melhores instrumentos de todos os tempos, juntamente com a Guitarra e o Saxofone.

Mas agora vamos ao álbum. Quem foi T. Monk? Monk se tornou um dos grandes nomes do Jazz pelo seu estilo peculiar, com um gosto pela dissonância e harmonias heterodoxas, além de ter criado diversos standards no gênero. Sua abordagem idiossincrática é a sua marca registrada, algo como uma compilação de toda a história de um gênero musical, compactada e executada a cada álbum. Confesso que demorei um tempo até compreender a sua genialidade, mas digo que todo o esforço para ouvi-lo é muito válido, assim como todo músico que resolve nadar contra a corrente, um tema muito comum no FORO (por isso eu amo esse fórum).

O que me fez escrever esta resenha foi justamente o fato do álbum aqui comentado ser tão diferente dos demais discos que ele fez. Solo Monk é a ovelha negra em sua discografia juntamente com o Thelonious Alone in San Francisco, são momentos em que ele resolveu revelar o seu lado sentimental, sem jamais perder a sua sofisticação. Dentre baladas clássicas e composições próprias, ele faz as teclas brilharem a cada tema, cada solo, enfim, cada som extraído do instrumento. Suas interpretações tem vida própria, não são meros covers, e suas releituras se mostram ainda mais cativantes que as versões anteriores. É incrível como as músicas grudam na cabeça do ouvinte de maneira tal que você tem vontade de ouvir álbum inteiro por incansáveis vezes, eu diria que esse é um álbum que até quem odeia jazz poderia gostar.

Álbum pra levar a uma ilha deserta, 5 stars out of 5.

Minhas resenhas são sempre uma merda, eu sei, mas ao menos ouçam o álbum

'xana :av:

E cara, tuas resenhas NÃO SÃO uma merda. São muito boas por sinal.

Ah, não vamos estragar a modéstia de mastá Gustavoid, são uma merda sim.

HAHAHAHA ao menos alguém aqui é sincero, por isso vocês não me vem bostando nada por aqui