Faust -
C'est... Com... Com.... Compliqué (2009)
Faixas:1) Kundalini Tremolos (9:03)
2) Accroché à tes Lèvres (7:48)
3) Ce Chemin est le Bon (7:53)
4) Stimmen (2:03)
5) Petits Sons Appétissants (4:18)
6) Bonjour Gioacchino (5:04)
7) En Veux-tu des Effets, en Voilà (7:18)
8) Lass Mich (Original Version) (1:54)
9) C'est Com...Com...Compliqué (13:40)
Músicos: Jean-Hervé Péron /
bass, vocals Amaury Cambuzat /
guitar, keyboards, vocalsWerner 'Zappi' Diermaier /
drums Tobias Levin /
recording(Muito provavelmente não lograrei conjurar a vulcânica 'ira santa' xmtiana no julgamento desta desgraça sônica, mas tentarei!)
Well, well, well... é um serviço sujo, mas alguém precisa fazê-lo... destarte, 'vamulá': este 'novo' (sim, pois sequer chega a ser realmente novo, como os senhores verão a seguir) disco do Faust é um ciclópico
C-A-G-A-L-H-Ã-O, ponto. À partida tentei enganar a mim mesmo, e no primeiro juízo que fiz a propósito álbum,, disse tratar-se "d'um disco cuja avaliação pode ser definida como de 'regular' para 'ruim'"... mas não, não é não, o estupor é uma
BOSTA mesmo, e este vosso escriba, veterano devoto das lides faustianas, não poderia, até mesmo em respeito ao passado de glórias da banda, negar tamanha obviedade. Enfim... procedamos d'uma vez por todas à autópsia do cadáver em tela, para que o quanto antes possamos dar cabo de tão lôbrega tarefa.
Em primeiro lugar, a capa... bah, lamentavelmente não domino a feroz retórica xmtiana necessária para vituperar todo o insondável horror metafísico-'pederástico' que esta amaldiçoada capa engendra; basta assinalar, creio eu, que porventura nunca se viu antes, em toda a milenar história da arte ocidental, imagem tão inequivocamente evocativa da hedionda arte de 'socializar o brioco'...
Isto posto, é mister assinalar, consoante asseverei acima, que
C'est... Com... Com.... Compliqué sequer pode ser descrito como um disco 'novo'. A esse respeito, eis o que a banda nos informa eu seu
website:
"
A remix of the material that was originally mixed by Nurse With Wound and released as Disconnected"
Hmm... pelo que à época li a respeito, rolou uma treta feia entre Steven Stapleton (NWW) e Zappi Diermaier (Faust), com o primeiro tendo acusado o segundo de lançar o disco sem sua autorização; há de ser essa, portanto, a razão para esse escabroso '
remix'... (será que é mesmo? Tendo em vista a mimosa capa do estrupício, julgo que qualquer um teria pleno direito a pensar que tem 'cu no meio' desse furdunço todo...)
Mas sigamos em frente com estas lúgubres exéquias. E de modo a facilitar o sepultamento, doravante passarei a cotejar o que antes escrevi com o que agora direi:
- Kamikaze escreveu:
- Aliás, o Faust já 'deu o que tinha que dar', e não é de hoje... os álbuns de estúdio da década de 90 (Rien, you know faUSt, Ravivvando,etc.) são todos de bom nível, mas de forma alguma essenciais (exceção feita, se calhar, ao Ravivvando); depois a banda começou a lançar um série de DVD's ao vivo, compilações (dentre essas uma até interessante: Patchworks) e discos de remixes, e aí surgiu Disconnected, que sinceramente é bem fraquinho.
Oh, como outrora foste bondoso e compassivo, torpe Kamikaze!
Disconnected não é 'bem fraquinho' não... é uma porcaria, um traste, um acinte ao legado faustiano, cáspite!
- Kamikaze escreveu:
- Cá estou a escutar o álbum... bem, a meu ver a remixagem não operou milagres não... infelizmente o álbum continua inconsistente, frouxo, pouco inspirado, enfim, sem a centelha de subversão sonora e poética que caracterizava o Faust em sua fase áurea. Há inclusive coisas que chegam a ser constrangedoras, como os medíocres exercícios de psych folk Petits Sons Appetissants, Accroché à Tes Lèvres e Ce Chemin Est Le Bon, bem como a patética pseudo-raga Stimmen.
Ah, operou milagres sim, seria uma flagrante injustiça negá-lo... operou, com efeito, o que se poderia chamar de 'milagre-de-Midas-ao-contrário': transformou
MERDA em
CAGALHÃO!!! Outra coisa: quem dera o disco fosse apenas "inconsistente, frouxo, pouco inspirado", bem como as faixas mencionadas tão somente "medíocres", QUEM DERA! Fosse assim, eu neste momento estaria subindo de joelhos os 382 degraus da escadaria da Igreja de Nossa Senhora da Penha, ébrio de tanto júbilo e louvor pelo Pai Eterno!
- Kamikaze escreveu:
- As únicas faixas realmente dignas de nota são Bonjour Gioacchino, que recria o minimalismo motörik-velvetiano de So Far através das ambiências industrialistas de Ravivvando (...)
Taí,
Bonjour Gioacchino é boa mess, muito boa até; estivesse por acaso inserida num álbum fraco, de repente até 'salvaria a pátria' do dito cujo... mas em se tratando de
C'est... Com... Com.... Compliqué, nem o Segundo Advento resolveria!
- Kamikaze escreveu:
- (...) e (parcialmente) a faixa título, onde n'algumas passagens percebem-se lampejos do dada rock de Clear Album e Faust Tapes. Mesmo assim, é mister ressaltar que ambas não acrescentam nada de inovador ao legado d'uma banda cuja tônica sempre foi a invenção ilimitada.
Bem... como diria
mastáh Quércia (
): "
É MENTIRA! É MENTIIIRÁÁ!!! SAFADO!!! CANALHA!!!" Pois é... uma vez mais este vosso confrade acabou por pateticamente dourar a pílula, ‘síndrome-de-avestruz
full mode ON’, mas a verdade nua e crua é a seguinte, macacada: essa tranqueira não evoca nem EXU DE CARTOLA, quanto mais a transcendente
arcana diabolica das galáxias transpsicodélicas do mitológico Faust de priscas eras, ora porra!
- Kamikaze escreveu:
- É... tá compliqué mesmo pro Faust, no pior sentido do termo...
Só
compliqué?!? Tá é completa e quiçá irremediavelmente 'SIFVDÊ-CABOCETVDÊ', caralho!
Arre, CHEGA! Paro por aqui, antes que eu tenha uma trombose!!!
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Um adendo pós-fase aguda da síndrome-de-emputecimento-progressivo:
'Descobri' ontem que atualmente há o Faust I, sob a batuta de Péron e Diermaier, e o Faust II, liderado por outro veterano dos áureos tempos, Hans Joachim Irmler Irmmler... puta que pariu, que palhaçada é essa agora? Virou franquia de lanchonete?!? Ah, faça-me o favor, que coisa
ESCROTA!!!