The Trip (1967)
EUA
Direção / Roger Corman
Elenco / Peter Fonda, Susan Strasberg , Bruce Dern, Dennis Hopper, Salli Sachse, Katherine Walsh
Roteiro / Jack Nicholson
Música / Barry Goldberg
Fotografia / Arch R. Dalzell
The Trip (1967), dirigido por Roger Corman, é o filme definitivo sobre o
LSD. Melhor dizendo: não é apenas o melhor filme sobre o
LSD, mas também o melhor já realizado a partir do
LSD e para o
LSD. Começo calmo, no máximo um
andante maestoso; situação arquetípica: burguês entediado com a vida pessoal e profissional (no caso em questão um diretor de TV interpretado por Peter Fonda) procura caminho para a redenção. Fonda encontra um guru chamado John (Bruce Dern), que sugere um tratamento à base de
LSD.
E então...
Aldous Huxley abre as portas da percepção, e através delas um vertiginoso caleidoscópio de luzes estroboscópicas explode numa policromia de névoas oscilantes, onde Kubla Khan nos convida para conhecer
The shadow of the dome of pleasure Floated midway on the waves; Where was heard the mingled measure From the fountain and the caves. It was a miracle of rare device, A sunny pleasure-dome with caves of ice!..., desagüando no oceano iridescente de radiações solares,
Interstellar Overdrive de reflexos flamejantes numa infernal fornalha de nácares sanguíneos, trovões cintilantes de energia vulcânica,
So there goes Zero the Hero, turning on around the spiral wheel of births and deaths, and meanwhile the Octave Doctors and the Pot Head Pixies and all the other characters of Planet Gong have to leave you now with a last little song... Why don't you try?..., é, pode ser...,
Aleph pulsante do Universo em Um grão de areia, curvatura infinita do espaço-tempo onde a existência se contrai no espasmo de um segundo,
easy, easy..., entropia crescente que pulveriza o transitório em incontáveis partículas de eternidade,
Turn on, Tune in, Drop out, moléculas de Deuses extintos, fragmentados em sonhos, caldo primordial dos aminoácidos da memória, vórtice de caos e destruição,
he took a face from the ancient gallery and he walked on down the hall..., eterno retorno de espectros que na alma não encontram perene sepultura, condenados a errar inclementes por intermináveis labirintos, a caminho da ruína metafísica, miríade de horrores na aurora das eras glaciais, escorrendo, translúcidos, por longos corredores plenos de terror e de magia, onde
Alice in Wonderland toca cogumelos caminhando por uma diáfana floresta de flautas, e termina por encontrar, transbordando de felicidade, Syd Barrett, Ken Kesey e Timothy Leary dançando sobre flores sorridentes and
setting the Controls for the Heart of the Sun...................................
STOP, Dave..........I’m afraid.....................I’m afraid...............stop, Dave........................................................................
.......................................................................................................my mind is goiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiing............