Less is More - O F.O.R.O.
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Less is More - O F.O.R.O.

Um fórum em defesa da Tirania, do Ódio, da Destruição, do Horror Sagrado e do Rock'n'Roll (não necessariamente nessa ordem...)
 
InícioInício  Últimas imagensÚltimas imagens  RegistarRegistar  Entrar  

 

 Radio K.A.O.S. – Roger Waters (Inglaterra, 1987)

Ir para baixo 
2 participantes
AutorMensagem
Prodigio

Prodigio



Radio K.A.O.S. – Roger Waters (Inglaterra, 1987) Empty
MensagemAssunto: Radio K.A.O.S. – Roger Waters (Inglaterra, 1987)   Radio K.A.O.S. – Roger Waters (Inglaterra, 1987) Icon_minitimeSáb Nov 08, 2008 5:15 pm

Radio K.A.O.S. – Roger Waters (Inglaterra, 1987)

Radio K.A.O.S. – Roger Waters (Inglaterra, 1987) Radio%2Bkaos

1 – Radio Waves 5:05
2 – Who Needs Information 5:49
3 – Me or Him 5:24
4 – The Powers That Be 4:03
5 – Sunset Strip 4:03
6 – Home 6:59
7 – Four Minutes 3:39
8 – The Tide is Turning (After Live Aid) 5:44

Roger Waters: Vocais, violão, baixo, teclados
Andy Fairweather Low: Guitarras
Jay Stapley: Guitarras
Mel Collins: Saxofones
Ian Ritchie: Piano, teclados, efeitos
Graham Broad: Bateria e percussão

John Linwood: Bateria em “The Powers That Be”
Nick Glenny-Smith: DX7, emu e baixo em “The Powers That Be”
Matt Irving: Órgão Hammond em “The Powers That Be”
Paul Carrack: Vocalista convidado em “The Powers That Be”
Clare Torry: Vocalista convidada em “Home” e “Four Minutes”
Suzzane Rhatigan: Backing vocals principais em Radio Waves”, “Me or Him?”, “Sunset Strip” e “The Tide is Turning”
Kate Kissoon, Doreen Chanter, Madeline Bell, Steve Langer & Vicky Brown: Backing vocals em “Who Needs Information”, “The Powers That Be” e “Radio Waves”
Metais em “Who Needs Information” e “The Powers That Be”:
Ian Ritchie: Saxofone tenor
John Phirkell: Trumpete
Peter Thoms: Trombone
Metais em “Sunset Strip”:
Mell Collins: Múltiplos saxofones
Ian Ritchie: Saxofone tenor
John Pirkell: Trumpete
Peter Thoms: Trombone

:3stars:



É duro ter que pegar um disco desses na mão e ter que ler na capa: “ROGER WATERS: Ex-integrante do Pink Floyd”. Pra ver se vende mais? Então foi em vão, porque a carreira solo do Sr. Waters não chegou nem aos pés da de sua antiga banda; o que não deixa de ser uma injustiça, afinal, ele sempre foi o principal compositor do Pink Floyd pós-Syd Barrett, e conseguiu crescer cada vez mais dentro dela, chegando ao ponto de mandar o membro original Rick Wright pro olho da rua e gravar o “The Final Cut”, em 1983, considerado por muitos o pior disco da banda, o que fez o fim ser decretado, e cada um “tentar a sorte” com suas respectivas carreiras solo...

E o Roger Waters, que já contou com os talentos guitarrísticos de Eric Clapton (em seu primeiro disco solo, “The Pros and Cons of Hitch-Hiking”, de 1984) e Jeff Beck (no “Amused to Death”, lançado em 1990), neste Radio KAOS junta-se a banda The Bleeding Heart para contar a história de Billy, o incrível homem capaz de captar sinais de rádio diretamente na cabeça.

A guerra é um tema comum nas letras de Waters, e nesse disco não foi diferente. Billy só começa a controlar seu poder de captar ondas de rádio depois que seu irmão, Benny, rouba um telefone sem fio depois de quebrar a vitrine de uma loja, irritado com as inúmeras imagens de Margaret Thatcher nas TV’s. Benny esconde o telefone sem fio na cadeira de rodas de Billy, e a partir daí ele começa a usar o objeto para melhorar seu poder de captação de ondas de rádio. Benny acaba indo para a cadeia, enquanto seu irmão Billy se muda para Los Angeles. Em pouco tempo torna-se amigo de Jim, o DJ de uma rádio de rock renegada da Califórnia: a Radio K.A.O.S. .

Jim: This is KAOS. You and I are listening to KAOS in Los Angeles. Let’s go to the telephones now and take a request.
Billy: Hello, I’m Billy.
Jim: Yes?
Billy: I hear radio waves in my head.
Jim: You Hear radio waves in your head? Ah! Is there a request that you have tonight for KAOS?


Radio Waves: O tom do disco começa como uma rádio FM mesmo, com um rock eficiente e de fácil assimilação, muitos backing vocals, enfim, uma música pra cima e agradável, contando que Billy capta sinais tanto da freqüência da polícia como das mais distantes estrelas...

Who Needs Information?: Os backing vocais se tornam quase onipresentes, e o clima do disco fica um pouco mais sério e instigante. O tema é a overdose de informações que Billy recebia de todos os cantos do mundo (e nos leva a pensar se nós, seres humanos normais, também não estamos sendo exageradamente bombardeados pelos veículos de mídia...).

Me or Him?: Uma belíssima balada, Roger Waters toca um instrumento de sopro chamado “shakuhachi”, que dá uma atmosfera de mansidão e tranqüilidade, um contraponto a angústia de Benny na cadeia, ouvindo num rádio velho todas as notícias sobre as guerras e a política do mundo. O vocal de Waters está eloqüente, intenso e impetuoso, usando o recurso já usado no “The Wall”, do Pink Floyd, de sobrepor sua voz gritada com sua voz sussurrada, mas dessa vez com mais potência. Billy descobre que consegue manipular tão bem seu poder de captação e emissão de ondas de rádio que agora já é capaz de controlar os computadores mais poderosos do mundo, simulando ataques nucleares e desabilitando o poderio militar de retaliação.

Jim: This is some live rock and roll at KAOS, where rock and roll comes out of chaos and a song called “The Powers That Be”...

The Powers That Be: Nessa música os backing vocals e os metais dão o volume necessário para transformar um rockzinho popular e eficaz num rockão potente, capaz de levantar estádios, além de uma excelente linha de baixo.

Sunset Strip: O clima é de um dia ensolarado em alguma praia de Los Angeles, um popzinho guitarrado ao estilo de Satriani. Billy se sente um peixe fora d´água entre a estranha população da Califórnia e, acima de tudo, sente falta de sua vida com seu irmão Benny. Ele quer voltar pra casa.

Home: A maior faixa do disco, mas ainda um pop rock sobre a necessidade de sermos flexíveis com o nosso conceito de “casa”. Billy simula a explosão de uma bomba atômica capaz de destruir o mundo inteiro, o “Grande Botão Vermelho” teria sido apertado...

Billy: Four Minutes and Counting.
Jim: O.K.
Billy: They pressed the button, Jim.
Jim: They pressed the button Billy, what button?
Billy: The big red one.
Jim: You mean
the button?
Billy: Goodbye, Jim.
Jim: Goodbye! Oh yes, this ain’t au revoir, it’s goodbye! Ha! Ha!
Jim: This is KAOS. It’s a beautiful, balmy, Southern California sunny day. It’s 80 degrees... I said balmy... I could say bomby ... Ha! Ha! O.K. I’m Jim and this is Radio KAOS and with only four minutes left to us, let’s use this as wisely as possible...


Four Minutes: Uma grande canção, grandiosa, a mais próxima do que costumamos chamar de rock progressivo, destaque para a emocionada interpretação de Clare Torry, já famosa entre os fãs de Pink Floyd pela contribuição à extraordinária e soberba música “Great Gig in the Sky”. O mundo todo está apreensivo com a possibilidade de acontecer o fim do mundo, mas tudo não passa de uma armação de Billy e suas ondas de rádio...

The Tide is Turning: Um visceral manifesto anti-guerra encerra o álbum. Roger Waters soube mandar seu recado de forma definitiva particularmente nessa música, que tem um climão bastante parecido com o “The Wall”, o último grande disco de sua ex-banda, o que torna essa obra ainda mais nostálgica e inesquecível...

É muito difícil para um artista se livrar do rótulo “ex-integrante de tal banda”, mas pelo menos, principalmente nesse disco, Roger Waters conseguiu fazer um som com estilo próprio, muito aquém da genialidade mostrada durante seus anos de auge como baixista, vocalista e compositor do Pink Floyd, mas mesmo assim uma importante e interessante obra no sempre bem vindo contexto de rock and roll como grande gerador de discussões acerca da realidade que nos cerca, e da sempre presente ameaça de um conflito nuclear definitivo e avassalador...


Última edição por Prodigio em Qui Fev 28, 2013 8:12 pm, editado 1 vez(es)
Ir para o topo Ir para baixo
Mr Mac

Mr Mac



Radio K.A.O.S. – Roger Waters (Inglaterra, 1987) Empty
MensagemAssunto: Re: Radio K.A.O.S. – Roger Waters (Inglaterra, 1987)   Radio K.A.O.S. – Roger Waters (Inglaterra, 1987) Icon_minitimeTer Nov 11, 2008 6:52 pm

Acho que esse é o unico disco pop interessante que um cara do Floyd poderia fazer. Vc ouve como escutasse uma estação de radio e se delicia. Mas hoje soa datado.
Ir para o topo Ir para baixo
 
Radio K.A.O.S. – Roger Waters (Inglaterra, 1987)
Ir para o topo 
Página 1 de 1
 Tópicos semelhantes
-
» Roger Waters acusado de antissemitismo
» The Trip (1967) - Roger Corman

Permissões neste sub-fórumNão podes responder a tópicos
Less is More - O F.O.R.O.  :: Resenhas :: Música-
Ir para: